Resumo do Artigo:

OO CASE Tools

Heitor Augustus Xavier Costa


1. Ferramentas CASE OO

As ferramentas CASE, embora possuam interfaces gráficas de apoio a um ou mais métodos construindo os seus diversos diagramas, raramente possuem apoio no sentido de usá-las de modo eficiente.

A partir de três ferramentas CASE: Objecteering (apoio ao método Class-Relation), Rose (apoio aos métodos do Booch e OMT e à linguagem UML) e OMO (Object MOdelling), foi detectada a possibilidade de realizar muitas tarefas que trazem benefícios significativos ao processo de desenvolvimento. Contudo, as ferramentas CASE apresentam dois problemas básicos: i) não deixam claro o que se deve esperar delas e ii) não deixam claro como usá-las. Tendo realizado este estudo, os autores apresentam uma lista, mesmo que preliminar, de critérios para a adoção de ferramentas CASE OO, a saber:

Método: dar apoio completo ao método adotado;

Customização: possibilitar mudanças, uma vez que os requisitos mudam, e ser independente da linguagem;

Colaboração: colaborar nas tarefas de análise e design, integrar equipes de desenvolvimento de um projeto, gerenciar configuração e controlar versões;

Engenharia Reversa: permitir a engenharia reversa dos produtos de software desenvolvidos sem usar uma ferramenta CASE;

Interface do Usuário: possibilitar o uso das ferramentas CASE sem ter a necessidade de consultar a documentação todo momento, para isso a ferramenta CASE deve oferecer help’s on-line e/ou tutoriais;

Performance: ter tempo de resposta de acordo com a operação realizada. Para operações simples, tempo de resposta baixo. Para operações complexas, tempo de resposta alto;

Checagem de Consistência: checar a consistência entre os diversos diagramas presentes no método adotado;

Vendedores: atender de maneira rápida e precisa aos bug’s encontrados e relatados nas ferramentas CASE.

 

2. Comentários

            Sem dúvida o texto escolhido para a pesquisa contribuiu de forma significativa para conscientizar que o uso de ferramentas CASE contribui sensivelmente no processo de desenvolvimento de produtos de software.

            O autor apresenta, de maneira objetiva e clara, aspectos para considerar no momento de escolher (adotar) uma ferramenta CASE para a organização. Entre estes aspectos cabe ressaltar o impacto que uma ferramenta CASE proporciona no ambiente de trabalho, isto é, na organização onde será adotada, já existe um processo e uma metodologia de trabalho, que podem estar muito enraizados (são usadas por muito tempo e com bons, senão ótimos, resultados). Portanto, ao se adquirir uma ferramenta CASE deve-se ter a preocupação de impactar a cultura existente o mínimo possível. Caso não se tenha nada implantado ou que altere sensivelmente o esquema de trabalho, deve-se tomar determinadas decisões de âmbito gerencial, ou seja, cabe ao gerente do projeto estimar um período de tempo para a assimilação da ferramenta CASE, designando pessoas chaves para cursos e mantendo dois processos de desenvolvimento: um utilizando a nova tecnologia e outro usando o antigo esquema de trabalho, caso exista. Portanto, a avaliação e a escolha de uma ferramenta CASE não é uma tarefa simples.

            Também pode-se salientar que a ferramenta CASE contribui na geração de código básico (esqueleto) e na integração de equipes de desenvolvimento de um projeto.

            Após a construção dos diversos diagramas presentes no método adotado para o desenvolvimento de produtos de software, sendo alguns realmente construídos e outros gerados de maneira (semi)automática a partir de diagramas já existentes, determinadas ferramentas CASE geram linhas de código tendo como base estes diagramas. Esses trechos de código não contêm lógica específica do negócio, tendo de ser codificado manualmente, mas apenas informações que podem ser abstraídas dos diagramas.

            O fator de integração é muito importante para o desenvolvimento de produtos de software de tamanho considerável e onde se adota a divisão de tarefas para mais de uma equipe de desenvolvimento, pois existem ferramentas CASE que possuem mecanismos para gerenciar esta integração e para controlar versões.

            As ferramentas CASE trazem benefícios ao processo de desenvolvimento de produtos de software, a saber:

            Enfim, os recursos das ferramentas CASE, para a modelagem de sistemas utilizando o paradigma de orientação a objetos ou estruturado, podem ajudar mais do que sendo utilizadas apenas como ferramentas de desenho. As ferramentas CASE podem influenciar consideravelmente no melhor desempenho no processo de desenvolvimento de produtos de software, no que tange aos aspectos já abordados.


 

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